LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 13 DE OUTUBRO.
PUBLICADO PELA PRIMEIRA VEZ EM PORTUGAL.
Mr. Watson é um clérigo viúvo, com dois filhos e quatro filhas. A mais nova, Emma, foi criada por uma tia rica, recebendo uma educação superior e tornando-se mais refinada do que as irmãs. Depois de a tia contrair um segundo casamento, Emma vê-se obrigada a regressar a casa do pai, onde se sente vexada pelo comportamento das irmãs Penelope e Margaret, inteiramente dedicadas à caça de um marido.
Perto dos Watsons vivem os Osbornes, uma família aristocrática. Durante um baile numa cidade próxima, Emma desperta a atenção do jovem e desajeitado Lord Osborne. Um gesto de bondade da sua parte leva-a a conhecer também Mrs. Blake, que apresenta Emma ao irmão, Mr. Howard, clérigo da paróquia junto do castelo Osborne. Dias depois, Margaret regressa a casa após uma longa estadia junto do irmão Robert, em Croydon. Com ela vêm o próprio Robert e a esposa. Ao partirem, Emma recusa o convite para os acompanhar no regresso.
Iniciado por volta de 1803, Os Watsons é um romance inacabado de Jane Austen, que deixou testemunho do modo como tencionava concluí-lo. Várias hipóteses têm sido apresentadas quanto ao motivo de a autora não o ter acabado, tarefa posteriormente levada a cabo por outros escritores.
SOBRE A AUTORA:
Jane Austen nasceu a 16 de dezembro de 1775, no priorado de Steventon, no Hampshire. Era uma das filhas mais novas do reverendo George Austen e da sua mulher, Cassandra. Jane foi educada em casa, cedo frequentando a ampla biblioteca do seu pai. Para entreter a família, desde muito nova escreveu e representou peças teatrais.
Aos catorze anos, escreveu o seu primeiro romance, Amor e Amizade, e A História de Inglaterra. Foi pouco depois dos vinte anos que Jane escreveu as primeiras versões daquilo que viria a ser mais tarde Sensibilidade e Bom Senso e A Abadia de Northanger. Esses trabalhos revelam já as características que a distinguiriam como romancista, a ironia ao serviço da inovação e a liberdade individual das suas personagens femininas. No essencial, Austen encontrara já os novos caminhos de representação ficcional das suas personagens. Segundo o crítico James Wood, em A Herança Perdida, estas «experiências precoces depressa deram frutos, quando Austen começou a criar as heroínas pelas quais é lembrada e amada».
Quando jovem, Jane gostava de dançar, tal como as suas futuras heroínas, frequentando bailes nas casas senhoriais das redondezas. Dava longos passeios pelos campos e tinha bastantes amigos no Hampshire. Foi por isso um choque para ela quando lhe anunciaram, em finais de 1800, que a família se iria deslocar para Bath. Os quatro anos seguintes foram difíceis para Jane Austen, que se sentia inadaptada numa cidade comercial. Foi nessa época que, durante umas férias, Jane se apaixonou por um jovem cuja morte, ocorrida pouco depois, a perturbou profundamente. Aceitou mais tarde a proposta de casamento de Harris Bigg-Wither, um abastado proprietário, tendo mudado de ideias na manhã seguinte. Após a morte do seu pai em 1805, a família conheceu dificuldades, tendo recorrido ao apoio dos irmãos de Jane.
A mãe e as filhas deslocaram-se então para Southampton, para partilharem a casa de Frank, irmão de Jane. Esta passou a visitar Londres ocasionalmente, hospedando-se em casa do seu irmão Henry, um banqueiro, a quem estava muito ligada. Frequentava o teatro e as exposições. Mas, no período em que viveu em Bath e Southampton, Jane quase não escreveu.
E é então que, em julho de 1809, Edward oferece uma casa em Chawton à mãe e às irmãs, o que lhes permite regressar ao amado Hampshire. Era uma casa pequena, mas confortável, com jardim e, o que é mais importante, dava a Jane Austen a estabilidade que lhe permitia escrever. Nos sete anos e meio em que viveu nesta casa, reviu Sensibilidade e Bom Senso e Orgulho e Preconceito, que foram publicados em 1811 e 1813. Foram anos particularmente fecundos, com a edição de Mansfield Park (1814) e de Emma, dois anos depois. Completou também a escrita de Persuasão, que, tal como A Abadia de Northanger, saiu em 1818, ano que se seguiu à sua morte.
Jane Austen contraiu uma doença tuberculosa. Impossibilitada de passear ao ar livre, conduzia uma pequena carruagem puxada por um burro. Em maio de 1817, para ficar junto do seu médico, Jane e a sua irmã Cassandra alugaram um quarto em Winchester. Mas a doença era incurável. Jane morreu nos braços da irmã na madrugada de 18 de julho de 1817. Tinha apenas 41 anos e é fácil imaginar que, se não tivesse morrido tão cedo, vários romances se sucederiam aos sete que escreveu.
Está sepultada na Catedral de Winchester.