O Primo Basílio (clássicos para leitores de hoje)

Publicado em 1878, O Primo Basílio tem como tema uma família de classe média lisboeta.
Jorge é um engenheiro de sentido prático e vida monótona, casado com Luísa, que, apesar do bem-estar mate…
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Categoria: Clássicos para Leitores de Hoje, Clássicos, Ficção, Ficção Portuguesa
EAN: 9789896419998
Data de publicação: 16/02/2024
Nº de páginas: 384
Formato: 14,8 x 22,5 x 2,6 cms
Acabamento: capa mole
Peso: 538 gramas
Descrição completa:

Publicado em 1878, O Primo Basílio tem como tema uma família de classe média lisboeta.
Jorge é um engenheiro de sentido prático e vida monótona, casado com Luísa, que, apesar do bem-estar material, sonha com uma vida mais romântica ou, pelo menos, mais variada.
A oportunidade para realizar os seus sonhos surge-lhe na figura do primo Basílio, um antigo namorado, agora com a auréola mundana de uma vida parisiense. A paixão de Luísa depressa se torna intensa, embora não tenha qualquer correspondência da parte do pedante e cínico Basílio.
O talento de Eça revela-se também na composição de algumas personagens secundárias, como a de Sebastião, amigo de Jorge, e sobretudo de Juliana, empregada infeliz, vingativa e ambiciosa, que estará na origem do drama que se vai desenvolver.
O romance foi inovador na sua época, ao abordar aspectos do erotismo entre os dois amantes e o tema da homossexualidade feminina.

SOBRE O AUTOR:
Eça de Queirós é o nosso maior romancista do século xix e o único autor português que Harold Bloom integrou em Génio, entre as «cem mentes mais criativas» de sempre, além de Fernando Pessoa.
Nasceu na Póvoa de Varzim a 25 de Novembro de 1845, filho do magistrado e homem de letras Teixeira de Queirós e de Carolina Augusta, que o dera à luz aos dezanove anos. Os pais de Eça só se casariam e passariam a viver juntos quatro anos após o seu nascimento.
Eça ficou entregue aos cuidados de um avô paterno em Vila de Conde. Estudou depois no Colégio da Lapa no Porto, partindo aos dezasseis anos para Coimbra, onde se formaria em Direito.
Aí, conheceu Antero de Quental e outros escritores que formariam a Geração de 70. Publica «Notas Marginais» na Gazeta de Portugal, onde irá colaborar com textos influenciados pelo simbolismo e reunidos após a sua morte em Prosas Bárbaras.
Em 1866 instala-se em Lisboa, criando o grupo do Cenáculo. A sua intenção é exercer a profissão de advogado, de que depressa desiste. No final do ano, parte para Évora para dirigir o Distrito de Évora, onde escrevia a maioria dos artigos. Mas depressa se cansou da cidade e do jornal e, a 23 de Outubro de 1869, partiu com o conde de Resende rumo ao Cairo.
Colaborou nas Conferências do Casino em 1871, falando sobre o realismo de Zola, e escreveu com Ramalho Ortigão as primeiras Farpas. Foi episódico administrador do concelho de Leiria, mas em Novembro de 1871 partiu como cônsul para Havana, onde escreveu alguns dos seus contos. Daí seguiu para os EUA.
Em finais de 1874, é colocado em Newcastle, depois de uma breve passagem por Lisboa. Publica O Crime do Padre Amaro e O Primo Basílio, sendo sensíveis as influências de Balzac e Flaubert. Em 1879, já em Bristol, escreve O Conde d’Abranhos, A Capital e Alves & C.ª.
Na década de 1880, publica O Mandarim, A Relíquia, talvez a sua obra mais inovadora, e o seu último e melhor romance publicado em vida, Os Maias.
Em 1888, é colocado em Paris. Perdera as certezas estéticas iniciais. A sua vida passa a poder ser vista à luz da sua desconcertante personagem Fradique Mendes. Com problemas de saúde, escreve sobretudo contos, muitos passados em épocas antigas, como se o presente tivesse deixado de lhe interessar. Mas, receando parecer demasiado bucólico, decidiu não publicar A Cidade e as Serras.
Permaneceu em Paris até à sua morte, ocorrida a 16 de Agosto de 1900.

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