LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 23 DE OUTUBRO.
Tradução (do alemão): Manuel Dias
Neste breve ensaio, Stefan Zweig revela uma visão particularmente lúcida sobre a propensão para a uniformização das sociedades.
Aborda um conjunto de processos que tendem a esbater as diferenças nacionais e regionais na dança, no vestuário, na literatura, na vida.
A sua tese é que tudo o que exige o mínimo de esforço físico e intelectual e acolhe a indiferença moral acaba por se tornar popular.
A sociedade digital acelerou esses processos, e quem hoje escolhe a independência e a originalidade parece ridículo aos olhos daqueles que os novos algoritmos transformam em partículas arrastadas por uma força que os ultrapassa.
SOBRE O AUTOR:
Stefan Zweig nasceu em Viena em 1881. O seu sucesso literário foi precoce, abrindo-lhe as portas da vida intelectual do seu tempo. Aos 17 anos escreve já em revistas modernistas e participa no movimento Jovem Viena.
Relacionou-se com Hermann Hesse, Thomas Mann, Arthur Schnitzler, Gorki e James Joyce. Na sua casa de Salzburgo, recebeu compositores como Richard Strauss e Alban Berg. A sua correspondência com Freud, Rilke, Hofmannsthal, Rodin e Romain Rolland prolongou- se por muitos anos.
Influenciado pela estética vienense, capaz de compreender a inquietante estranheza da psicologia humana, Stefan Zweig explorou nas suas obras os dramas da paixão e a fragilidade dos sentimentos amorosos.
A ascensão do nazismo na Alemanha, a subida de Hitler ao poder em 1933 e a destruição das suas obras em Munique puseram fim a uma época agitada, mas para ele feliz.
Stefan Zweig praticou os mais diversos géneros literários, do romance ao teatro. Mas acabaria por se distinguir pelas novelas que escreveu (Amok, Carta de Uma Desconhecida, Uma História de Xadrez, Confusão de Sentimentos, Segredo Ardente e Vinte e Quatro Horas da Vida de Uma Mulher), o ensaio (A Marcha do Tempo, Brasil: País de Futuro e Os Construtores do Mundo) e a biografia (Maria Antonieta, Fernão de Magalhães, Triunfo e Tragédia de Erasmo de Roterdão e Maria Stuart).
As suas memórias, O Mundo de Ontem, de 1942, terminam com uma frase significativa: «Mas, em última análise, cada sombra é também lha da luz, e só aqueles que experimentaram a luz e as trevas, a guerra e a paz, a ascensão e a queda viveram verdadeiramente.»
Stefan Zweig suicidou-se com a mulher, em 1942, exilados no Brasil. Tinha 60 anos.