Este é o relato de Orwell da sua experiência como agente da polícia na Birmânia colonial, onde, diante de uma multidão, apenas para não parecer um tolo, matou um elefante que havia fugido. Contem ainda outro ensaio do autor, Um Enforcamento.
SOBRE O AUTOR:
Nascido em junho de 1903, no início de um século marcado por duas guerras mundiais, o estalinismo e o nazismo, George Orwell analisou os sonhos e pesadelos do mundo ocidental nesse período.
Nasceu Eric Arthur Blair em Motihari, na Índia Britânica. O pai era um funcionário subalterno inglês, a mãe, francesa.
Após o regresso dos pais a Inglaterra, estudou numa escola em Henley-on-Thames, frequentando depois Wellington e Eton College, onde teve como colegas Cyril Connolly e Anthony Powell. Aldous Huxley foi seu professor.
Ao abandonar Eton, decidiu não ir para Oxford e entrar na polícia birmanesa, embarcando para as Índias. Nos cinco anos que se seguiram, descobriu a realidade do imperialismo e recolheu material para Dias Birmaneses e ensaios como “Matar Um Elefante” e “Um Enforcamento”.
Regressado à Europa, frequentou os bairros pobres de Londres, instalando-se em Paris na primavera de 1928. Atingido por uma pneumonia, foi internado num hospital, cujas condições inspiraram “Como Morrem os Pobres”.
Em 1937, decidiu combater em Espanha ao lado dos republicanos na milícia do POUM, um grupo marxista heterodoxo, lutando na frente de Aragão. Foi ferido, assistindo na convalescença à eliminação pelo Partido Comunista, das milícias anarquistas e do POUM. Descreveu essa experiência em Homenagem à Catalunha (1938).
Em 1945, publicou Rebelião na Quinta, um libelo contra o totalitarismo estalinista que ameaçava a Europa.
Em 1948, terminou Mil Novecentos e Oitenta e Quatro.
Em outubro de 1949, casou com Sonia Brownell. Morreu no ano seguinte, aos 46 anos.