LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 6 DE OUTUBRO.
VENCEDOR DO NATIONAL BOOK AWARD
Kazu está morto. Nascido em Fukushima em 1933 — no mesmo ano que o imperador do Japão —, a sua vida ficou ligada, por uma série de coincidências, à família imperial. Moldada pela história do Japão moderno, a sua existência foi também marcada pelo azar; e agora, na morte, é incapaz de descansar, condenado a assombrar o parque junto à estação de Ueno, em Tóquio.
A vida de Kazu na cidade começou e terminou ali. Chegou para trabalhar como operário na preparação para os Jogos Olímpicos de Tóquio de 1964 e acabou os seus dias a viver na comunidade de sem-abrigo no parque, traumatizado pela destruição provocada pelo tsunâmi de 2011 e destroçado pelo anúncio dos Jogos Olímpicos de 2020.
Pelos olhos de Kazu vemos a vida quotidiana de Tóquio e conhecemos os pormenores íntimos da sua história e como a perda, as desigualdades e as restrições da sociedade se acumularam até o conduzirem a este destino espectral, no qual os momentos de beleza e graça estão fora do seu alcance.
“Yu é simultaneamente uma exilada social e uma estrela literária. Uma presença sombria e intensa nas estantes. Um génio criativo.” [The New York Times]
“Poético… O modo como Kazu se torna sem-abrigo e passa a assombrar o parque prende-nos à narrativa enquanto tentamos compreender a tragédia deste fantasma do homem comum.” [The Guardian]
SOBRE A AUTORA:
Yu Miri, escritora de etnia coreana nascida e criada no Japão, publicou cinquenta obras literárias, incluindo romances e novelas, coletâneas de contos, memórias, livros de ensaios, peças de teatro, relatos de viagem e compilações.
Recebeu o mais prestigiado galardão literário do Japão, o Prémio Akutagawa. O seu romance Tóquio, Estação de Ueno venceu o National Book Award de 2020 na categoria de Literatura Traduzida.
Em 2012, depois do terramoto e do tsunâmi, Yu começou a visitar a cidade de Minamisoma, na prefeitura de Fukushima, para apresentar um programa de rádio em que entrevistava sobreviventes. Em 2015, mudou-se para lá. Desde então, abriu uma livraria numa parte da sua casa, que converteu, e, ao lado, um teatro, para dar continuidade ao seu trabalho cultural e servir a comunidade local.
