LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 19 DE SETEMBRO.
Como trazer o infinito à finitude, como compor um pouco de ordem com o caos que nos cerca e angustia, como construir estabilidade e segurança sem perder a liberdade? Velhos dilemas que julgámos resolver com encarnações divinas, contemplações de Ideias eternas, fusões místicas ou figuras do homem nu, simplesmente humano, fundando a igualdade política e a equidade da justiça. Ícones tradicionais que reaparecem agora, ameaçados ou reactivados por toda a espécie de fundamentalismos. Sob eles corre uma torrente subterrânea de pensamento a formar-se, com outros conceitos, outra força, outra maneira de pensar. Convém, pois, trazê-la à superfície. Conceitos que se expandem e complicam, de Descartes a Deleuze, de Fra Angelico a Francis Bacon: espaço do corpo, liberdade ecológica, diagrama, agenciamentos vitais, devires não humanos, encontros fortuitos sem sujeito. E, depois, a Terra, corroída e poderosa, com lugares por entre os quais o pintor, ou cada um de nós, pode esgueirar-se e refazer-se com os elementos cósmicos da luz, das cores e das sombras, e fazer nascer a vida no espaço qualquer.
SOBRE OS AUTORES:
José Gil nasceu em Moçambique e doutorou-se em Filosofia na Universidade de Paris (1982), com um estudo sobre “O Corpo como Campo de Poder”, sob orientação de François Châtelet.
Colabora com revistas portuguesas e estrangeiras de várias áreas e é autor de algumas entradas na enciclopédia Einaudi.
Foi Directeur de Programme do Collège International de Philosophie de Paris.
Algumas das suas obras estão publicadas no Brasil e traduzidas em Espanha, França, Itália e nos EUA.
Ana Godinho é professora de Filosofia e investigadora do Instituto de Filosofia da Universidade Nova de Lisboa. Doutorou-se com uma tese sobre “Ontologia e Estética em Gilles Deleuze. O estilo na obra deleuziana”, e fez um pós-doutoramento em Filosofia sobre “Crítica e Clínica: um novo campo disciplinar?”. Convidada para leccionar em várias universidades do Brasil e em Portugal, publicou dois livros sobre Deleuze e Duchamp, além de múltiplos artigos e ensaios em revistas nacionais e estrangeiras, sobre filosofia contemporânea, estética, literatura e dança.