LIVRO EM PRÉ-VENDA. ENVIOS DIA 2 DE JUNHO.
Apresentação, Tradução e Notas: João José R. L. de Almeida
Considerada uma obra central da filosofia do século XX, as Investigações Filosóficas de Wittgenstein introduzem um novo método para a compreensão e o tratamento dos tradicionais problemas que sempre assolaram as diferentes correntes filosóficas. Volta a ocupar-se de conceitos, tais como o sentido das proposições, o pensamento, a lógica, a compreensão das regras ou a (im)possibilidade de linguagens privadas. O seu legado é enorme para a filosofia e para outras disciplinas que não prescindem do esclarecimento das linguagens com que trabalham, ainda antes da produção de conhecimentos específicos. Por isso as Investigações Filosóficas são uma investigação minuciosa e paciente sobre a forma como funciona a linguagem no seu uso prático, construindo ao mesmo tempo uma nova visão do que seja o homem e a forma de vida humana. Escrita num estilo singular, em que por vezes o autor dialoga com o seu alter ego e frequentemente adquire a forma aforística, esta obra do último Wittgenstein é igualmente considerada uma criação de grande valor literário.
SOBRE O AUTOR:
Ludwig Wittgenstein — Uma Cronologia
— 1889 — 26 de abril: Ludwig Wittgenstein nasce em Viena de Áustria. É o mais novo de oito filhos do rico industrial Karl Wittgenstein e de Leopoldine Wittgenstein.
— 1903: Frequência do ensino secundário em Linz.
— 1906: Matrícula no Instituto Superior Técnico de Berlim, em Charlottenburg, para estudar ciências de engenharia.
— 1908: Transferência para o College of Technology de Manchester.
— 1911: No verão visita em Jena o matemático e lógico Gottlob Frege. É provável que seja por sugestão deste que Wittgenstein vai para Cambridge e se integra no Trinity College, junto de Bertrand Russell.
— 1912: Matrícula oficial em Cambridge, onde prossegue estudos de questões fundamentais de lógica com Russell. Frequenta lições de G. E. Moore sobre filosofia da psicologia.
— 1913: Viaja para a Noruega, estabelece-se algum tempo num fiorde, em Skjolden, onde habita numa casa rudimentar, mandada construir por si.
— 1914: Eclosão da Primeira Grande Guerra. Alista-se voluntariamente para servir no exército alemão, em artilharia.
— 1917: Participação ativa na frente leste.
— 1918: Acaba o Tractatus Logico-Philosophicus. Regressa à frente de guerra, desta vez a italiana, onde é aprisionado.
— 1919: Saída do exército e regresso a Viena. Estipula deixar às irmãs a sua parte da enorme fortuna familiar.
— 1921: O Tractatus Logico-Philosophicus é publicado nos Annalen der Naturphilosophie, de Ostwald. É publicado no ano seguinte numa edição bilingue inglesa e alemã, com prefácio de Bertrand Russell.
— 1924: Começa a dar aulas a crianças do ensino primário em Otterthal (Baixa Áustria).
— 1926: Publica o Dicionário para o Ensino Primário. Participa no projeto de construção da casa da sua irmã Gretl na Kundmanngasse.
— 1929: Regressa a Cambridge e obtém o doutoramento com o Tractatus. Obtém uma bolsa de investigação do Trinity College. Escreve Algumas Observações sobre a Forma Lógica e Uma Conferência sobre Ética.
— 1933: Dita o Blue Book e no ano seguinte o Brown Book.
— 1935: Viagem à União Soviética.
— 1936: Começo de um novo projeto: nasce a primeira terça parte das Investigações Filosóficas.
— 1938: Recebe a notícia da anexação (Anschluss) da Áustria pela Alemanha nazi. Preocupa-se em adquirir a nacionalidade britânica e trata da situação das suas irmãs, colocadas em perigo no seu país por causa da ascendência judaica.
— 1939: Adquire nacionalidade britânica. Através de movimentações de dinheiro que ainda lhe eram permitidas, consegue salvar as irmãs do perigo de deportação. Ocupa o lugar de professor em Cambridge.
— 1941: Trabalha num hospital em Londres.
— 1944: Período de férias em Swansea, no País de Gales, onde escreve o essencial da segunda terça parte das Investigações Filosóficas.
— 1946: Dita a última versão das Investigações Filosóficas.
— 1947: Lições sobre filosofia da psicologia. No final do ano, decide abandonar o ensino.
— 1949: Regressa a Inglaterra, depois de estadas em Dublin e Viena, e trabalha em manuscritos sobre a filosofia da psicologia. Viagem para os EUA no Queen Mary. No regresso toma conhecimento de que padece de um cancro na próstata. Última viagem a Viena.
— 1950: Última viagem a um dos lugares de eleição do seu extenso mapa de viagens: Noruega.
— 1951: Morre em casa do seu médico, Dr. Bevan, em Cambridge, onde passou os últimos dias. Tempo suficiente para um último manuscrito, Sobre a Certeza.