A Montanha Mágica

“Tal como em A Morte em Veneza, o protagonista de A Montanha Mágica empreende uma viagem que acaba por o levar para fora do espaço e do tempo da existência burguesa. Não por acaso, contrariando …
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25.20 

Categoria: Clássicos, Ficção
Tradução: António Sousa Ribeiro
EAN: 9789897830051
Data de publicação: 20200622
Nº de páginas: 864
Formato: 15,3 x 23,3 x 3,6 cms
Acabamento: Capa Mole
Peso: 930 gramas
Descrição completa:

“Tal como em A Morte em Veneza, o protagonista de A Montanha Mágica empreende uma viagem que acaba por o levar para fora do espaço e do tempo da existência burguesa. Não por acaso, contrariando planos anteriores em que o romance abria com a explanação da biografia de Hans, depois remetida para o segundo capítulo, o primeiro capítulo centra-se na viagem e no primeiro momento de confronto com o mundo fechado do sanatório, o início do longo percurso de iniciação que irá constituir o fulcro da narrativa. O herói do romance, como surge repetidamente sublinhado, nada tem de excepcional, pelo contrário, a própria mediania da personagem constitui uma forma de acentuar de que modo ela representa paradigmaticamente a normalidade social. O fulcro do romance, está, justamente, no facto de essa normalidade ser totalmente posta à prova e problematizada nos seus fundamentos pelo confronto com o microcosmos do sanatório.”   [Do Prefácio]

 

SOBRE O AUTOR:
Thomas Mann nasceu a 6 de junho de 1875, numa família de comerciantes do estado alemão de Lübeck. Como era tradição da elite alemã, Thomas Mann iniciou a sua educação em casa. Em 1882, ingressou no ensino oficial, tendo depois frequentado o Katharineum, cujo curso não terminou. Na adolescência, leu Schiller, Heine e Nietzsche, e apreciava a música de Wagner. Sentiu-se atraído por colegas como Armin Martens, que transformou em Hans Hansen na sua novela de 1903, Tonio Kröger, e Willri Timpe, que surge em A Montanha Mágica como companheiro de Hans Castorp. Após os estudos incompletos no Katharineum, Mann reuniu-se à família em Munique em 1894, já depois da morte do pai, vivendo no bairro boémio de Schwabing. Frequentou durante dois semestres a Universidade Técnica de Munique e, em julho de 1895, viajou por Itália na companhia do irmão mais velho, Heinrich. Foi no final desse ano que publicou numa revista A Vontade de Ser Feliz e, no ano seguinte, O Pequeno Senhor Friedemann.
Em nova viagem a Itália, visitou Veneza e Nápoles, e foi no regresso a Roma em outubro de 1897 que, no apartamento de Heinrich, começou a escrever Os Buddenbrook (enquanto lia Schopenhauer e Nietzsche). Entre 1900 e 1903, manteve amizade com o pintor e violinista Paul Ehrenberg, que haveria de inspirar a personagem Rudi Schwerdtfeger de Doutor Fausto. Pouco depois, conheceria Katia Pringsheim, filha de uma família de intelectuais e artistas de origem judia e estudiosa de matemática. Casaram a 11 de fevereiro de 1905 e teriam seis filhos, entre os quais Erika e Klaus. Nos anos anteriores à I Guerra Mundial, os Mann construíram uma mansão familiar em Munique. Foi nesse período que Thomas escreveu A Morte em Veneza, baseada numa estada no Grand Hôtel des Bains do Lido, onde encontrou um jovem aristocrata polaco que inspirou a personagem de Tadzio. No início da guerra, Thomas Mann tornou-se nacionalista, escrevendo Considerações de Um Apolítico e entrando em confronto com o irmão Heinrich, que se opunha ao militarismo alemão.Depois da guerra, Thomas Mann apoiou a República de Weimar, tendo-se oposto ao nazismo desde 1921 e denunciado o antissemitismo. Em 1919, retomou a escrita de A Montanha Mágica, que publicou em 1924 com enorme êxito. Assumiu publicamente posições liberais sobre a homossexualidade e, em 1932, apoiou Hindenburg contra Hitler. Em 1933, poucos dias depois de Hitler se tornar chanceler, Mann viajou pela Europa, acabando por se fixar em Zurique. Em 19 de novembro de 1936, adquiriu nacionalidade checoslovaca e, dois anos depois, aceitou um posto na Universidade de Princeton nos EUA, continuando a publicar escritos contra o nazismo. Em maio de 1943, começou Doutor Fausto e, no ano seguinte, ele e a esposa adquiriram nacionalidade norte-americana, tendo apoiado a reeleição de Roosevelt, que os recebera anos antes na Casa Branca. Terminada a guerra, Thomas Mann recusou-se a regressar à Alemanha. Após a morte do filho Klaus e do irmão Heinrich, do início das perseguições macarthistas nos EUA que atingiram a sua filha Erika, Thomas Mann decidiu instalar-se definitivamente na Suíça. Faleceu a 12 de agosto de 1955.

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